NÃO A NÓS


O projeto visa animar os irmãos a prosseguirem vivendo o estilo de vida “Não a Nós”:

Cada vez menos de nós e mais do Senhor a fim de que o Reino de Deus se expanda por todas as Nações.

Uma das ações desenvolvidas foi a gravação dos CD's: Não a Nós 1 e 2, levantando recursos para a construção de poços em algumas localidades em Moçambique. A construção desses poços visa suprir uma necessidade básica da população: Água potável, bem como ser um meio para que se proclame aquele que é a água da vida: Jesus.

Neste Blog estão disponíveis informações da Igreja que está em Moçambique.
Vamos nos conhecer, criar alianças, servir uns aos outros e nos sustentar em oração.

Que o Senhor restaure a Sua vida em nós e que o Espírito sempre nos lembre de nossa verdadeira vocação.

Deydson Garcia Rodrigues

"Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade."(Salmos 115:1)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Informativo Deyd - 7


Quelimane, Moçambique, 26 de abril de 2012

Quero compartilhar algo que o Senhor tem me lembrado e mostrado ao meu coração. Tenho percebido dois momentos que envolvem a conversão. Primeiro eu me converto a Cristo e depois Ele me converte para Ele. Existe o tempo que conhecemos a Cristo, que temos um encontro com Ele e passamos a segui-lo. O que é bom! Mas logo à frente Cristo nos encontra e realmente nos coloca no caminho com Ele. Mudando tudo! Mudando como um Rei (que de fato Ele é). Mudando com muito amor, o amor paterno. Vejo isso na vida de Pedro, que após caminhar com Cristo durante três anos, depois abandona tudo que Ele tinha e o segue. (ele se converteu a Cristo), veio a negar o Senhor três vezes e voltar a pescar (Largar o ministério). Depois o Senhor veio ao encontro de Pedro e converteu o coração de Pedro para Ele. O mesmo com Paulo. Quando o Senhor apareceu para Paulo no caminho para Damasco, Paulo perguntou: “És Tu Senhor?” Paulo já conhecia a Jesus e sabia que Ele era Senhor. Mas quando Jesus apareceu no caminho para Ele, nesse momento Cristo converteu seu coração para Ele. Em um momento da minha vida conheci a Cristo e tenho experimentado que todos os dias que levanto e vejo o Senhor em cada situação Ele tem me convertido para Ele. Nada vem de nós. Por isso o que importa Cristo vivendo em nós. Que não reste nada do meu “eu”, para que a plenitude de Cristo encha nossas vidas. Oramos Senhor pelo avivamento nas nossas vidas. Avivamento esse que é a restauração da vida de Cristo em nós todos os dias. Em nome de Jesus, amém.

IDUGO

Na semana passada fomos para Idugo. Na viagem estávamos Cléber, Alcione, Camunga e eu. Saímos daqui de casa por volta das 12:00 horas. Fomos com no carro do Cléber. É uma viagem muito longa, em uma estrada muito ruim. Com Camunga e aqueles homens é diversão certa. Muitas histórias e risadas. Por causa de alguns desvios no caminho, atrasamos um pouco e tivemos que pegar a estraga depois de escurecer. Trechos com muito mato e, porque tinha chovido bastante, havia muita lama. Mas graças a Deus chegamos bem. Atravessamos de barco e as águas estavam tranquilas. Chegamos tarde e fomos deitar por volta das vinte e três horas.






Cléber, Alcione e Camunga foram para passar dois dias na ilha. Eu iria ficar duas semanas com os irmãos ali. Quando chegamos de carro e fomos para a margem do rio, eu estava com dor no corpo, dor de cabeça e com frio. Fiquei assim toda a viagem. Eu tinha um pequeno corte no dedo do pé e o ferimento infeccionou. Conversando com os irmãos decidimos que eu voltaria para Quelimane a fim de me cuidar. Poderia ser malária. Mas graças a Deus não era. O Senhor mostrou toda a minha fragilidade e fraqueza. Ele é tudo em nós e isso é libertação pra nós. Voltei para Quelimane e o Senhor realmente me queria aqui nesses dias. Cheguei no sábado e depois na terça voltei para Idugo como vou contar mais a frente.

Nesses dias com Cléber, Alcione e Camunga tivemos tempo com os irmãos da Ilha e foram entregues alguns objetos que Cléber tinha se comprometido em levar. Foi entregue também uma oferta de chuteiras doadas por um irmão do Brasil, um tempo muito gostoso. Visitamos a casa de um senhor cuja filha havia sido curada (liberta de demônios). Proclamamos da vida do Senhor para Ele. Fomos embora, depois ele se reuniu com sua família e tomaram a decisão de seguir a Cristo.

Nesses dias estava debilitado, mas totalmente sustentado pelo o Senhor. E isso é bom demais. Na volta muita chuva. Mas em tudo o Senhor nos guardou. Chegamos muito bem. O Senhor é bom.
Obs: Não tirei muitas fotos nesses dias. Desculpe-me.

Tive um tempo com alguns jovens que tenho procurado andar junto no domingo. Um pequeno almoço de última hora na casa de um deles. Que tempo gostoso. Estou muito feliz por ver a amizade que o Senhor tem gerado entre nós, coisa de Deus. Continuem orando.



Na terça-feira fui novamente para Idugo. Dessa vez fui de caminhão. O único meio de transporte para chegarmos até a Ilha. Foi comigo o Pedro, um dos jovens que tenho acompanhado. Foi uma bênção ele ter ido comigo. Foi sua primeira experiência missionária e Deus falou bastante com ele nessa viagem, creio que ainda continuará falando.

Já tinha feito essa viagem antes de caminhão e já sabia que não seria brincadeira! É bem puxada, uma aventura. Glória a Deus pela vida dEle em nós. Não existe nada melhor que estar bem perto do Senhor e nesses momentos ele se revela com todo o seu cuidado!

O carro iria sair às quatro da manhã da paragem (tipo uma rodoviária). Chegamos às quatro e uns minutos. O carro tinha acabo de sair. Então pegamos um carro (que falaram que era taxi, rsrsrsrs) e saímos atrás do caminhão. Graças a Deus ele estava abastecendo logo à frente e conseguimos pega-lo.

A viagem é muito lenta e em alguns momentos muito tensa. Muita briga entre os passageiros. São muitas pessoas e tudo muito apertado. Mas era uma relação de amor e ódio. Quando o carro parava, era briga. Quando estava andando, eram só risadas. Fomos abençoados com bons lugares. Graças a Deus o Senhor nos guardou nessa viagem que sempre é acompanhada de alguns riscos. Conversei bastante com o motorista na ida e na volta. Orem por esse Senhor.




    Quebrado

Às dezesseis horas depois de doze horas de viagem chegamos ao Gurai, que é a última parada do carro. Encontramos com Carlitos e Tomás (companheiros da Ilha) e fomos de moto para a margem onde atravessaríamos de barco. De moto foi mais uma hora e meia de viagem até lá. Chegamos à margem já escurecendo e não havia barco para atravessar. Ficamos ali esperando quase duas horas. Muito cansado, mas muito feliz de saber que estava onde Deus queria que eu estivesse. Então atravessamos uns quarenta minutos e depois mais trinta minutos de moto e um pouco de caminhada até a casa do Carlitos na Ilha. Que delicia ver esses irmãos. O Senhor é bom.





Nesses dias passei um tempo muito bom com Carlitos e família, uma família linda, tempo de comunhão e de renovo para nossas vidas. O Senhor nos fortalecendo por meio do relacionamento. A igreja é linda. Isso é um fato. Já estou com saudade dos nossos irmãos de lá. Orem por eles.



     Igreja linda


     Bené, Deise e Pedro

   
        Carlitos e Pedro


Vou colocar umas fotos do banheiro moçambicano porque sei que o povo já gosta de ver essas fotos (rsrs)



Tive a oportunidade de dar palestras para o time de futebol da Ilha, onde haviam convidados de fora da Ilha também. No início estava um pouco inquieto por dar uma palestra sobre futebol, mas quando comecei a falar e vi todas aquelas pessoas entendi que Deus estava usando esse tempo para estreitar os relacionamentos. Depois daquele tempo eu já não seria um estranho na ilha. Meu relacionamento com aqueles homens e jovens cresceu muito.

Foram dadas aulas sobre vários aspectos do jogo. Nesse dia falei sobre como Jesus treinou seus discípulos, sobre plano, como ele é constituído. Um ensinamento baseado no propósito eterno de Deus. O Senhor é bom. Nos outros dias tivemos treinos práticos no campo. Foi uma delícia. No sábado realizamos um jogo contra outra equipe. A partida foi no campo da outra equipe. Era um campo bem bonito (para os padrões daqui). A questão é que esse campo foi formado debaixo de um trabalho de um curandeiro que o preparou a fim de que as equipes adversárias não fizessem gols. Pois, nosso time ganhou o jogo de um a zero. Glória a Deus!






   Achei o meu lugar (Técnico) haha

   Certificados e apostilas

Aquele jogo foi muito legal. Tinha mais de trezentos expectadores em volta do campo. Muitas gritaria e alegria! Os jogadores ficaram muito alegres e oraram agradecendo pelo jogo.




         Idugo comemorando o Gol!

Um dia depois do treino um chefe da mesquita convidou Tomás e eu para que orássemos por seu filho que estava doente. Fomos até lá. Uma casa com muita opressão. Não houve cura, mas conversamos com eles e estão abertos para receber visitas na igreja em Idugo.

Orem pela Igreja em Idugo. O Senhor esta preparando um momento muito especial para aquele povo. A Igreja é linda. Da saudade só de pensar.

Muitas visitas e evangelismos. O Senhor é bom e nos guardou em tudo.

Nossa volta começou no sábado às 11 da manhã. Tivemos que sair nesse horário por causa do jogo. Dali iríamos para Gurai, onde dormiríamos no caminhão para viajar de madrugada. Por volta das vinte horas estávamos com muita fome. Tínhamos alguns biscoitos, mas teríamos que guardá-los para a viagem no outro dia. Tínhamos dinheiro porém não havia o que comprar. O motorista falou que tinha atropelado um pato na ida e nos convidou para jantar! Deus é bom demais! Comemos pato com chima (uma massa de farinha de milho).

Passamos a noite em um lugar onde estava acontecendo uma festa, pois os trabalhadores do caminhão queriam se “divertir”. Foi uma noite difícil, muitas trevas.

Saímos às três da manhã. O chefe (motorista) estava com muito sono. Ficamos prestando atenção nele porque estava pescando muito. (fechando os olhos). Então comecei a orar, pedindo ao Senhor para guardar e renovar aquele homem. Pedro e eu fazíamos alguns barulhos como tosse, umas risadas pra ele acordar (rsrsrsrs). Foi engraçado. Em uma decida o pneu da frente estourou. Grito de lá, grito de cá e algumas risadas (Porque o motorista acordou assustado) e o carro perdeu um pouco o controle, mas parou bem. Não Havia pneu reserva. Ficamos ali mesmo. Até que tiraram um dos quatro pneus de trás e colocaram na frente. Tivemos que prosseguir a viagem a quinze por hora! Isso atrasou muito a viagem e nos cansou muito também, mas vimos a mão de Deus e o Senhor atendendo nossas orações. Ele furou aquele pneu e prosseguimos a uma velocidade que seria impossível acontecer um acidente, mesmo o motorista pescando. Nosso pai é lindo!!

Continuem orando por aqueles irmãos. Muito obrigado pelas orações, são muito importantes. Obrigado pelo amor e carinho dos irmãos que têm escrito e cooperado financeiramente comigo.



Somos um em Cristo. Amo vocês. Um abraço

Deyd.